6 de ago. de 2011

Inflação de Fortaleza é 2ª maior em 12 meses

Clique para AmpliarCom nova elevação registrada no mês de julho, inflação de Fortaleza nos últimos 12 meses chega a 7,41%
Depois de registrar três desacelerações consecutivas, a inflação oficial de Fortaleza voltou a subir no mês de julho. De acordo com dados divulgados, ontem, pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) da Capital ficou em 0,32% no mês passado, ante 0,22% em junho. Com o resultado, que se situou acima da média nacional, a Cidade acumula, nos últimos 12 meses, uma pressão de 7,41% na média dos preços, a segundo maior do País, abaixo somente de Curitiba (8,27%). O valor verificado na Capital está 0,9 ponto percentual acima do limite de controle estipulado pelo Banco Central, de 6,5%, e ainda 2,9 pontos além da meta ideal, de 4,5%.

No acumulado dos sete primeiros meses do ano, o fortalezense tem pago, em média, 3,9% a mais pelos itens que consome. O percentual é superior ao assinalado de janeiro a julho do ano passado (3,03%) e também ao de 2009 (2,54%), sendo superado apenas pelos números de 2008 (4,36%), ano em que a crise financeira mundial tomou forma.
Sem alarde
Para a economista Eloísa Bezerra, do Ipece (Instituto de Pesquisa E Estratégia Econômica do Ceará), a preocupação com a escalada dos preços, no momento, não deve ser tão grande, em virtude dos sinais de arrefecimento dos últimos meses. "Mas é claro que é preciso sempre estar monitorando. Dependendo do comportamento dos próximos dados, o governo pode optar por uma nova alta nos juros (Selic). O importante é que o governo está se mostrando muito atento a isso, empenhado em não deixar os preços saltarem. Isso já causa uma tranquilidade", afirma a especialista.

Em julho, nem a deflação do grupo de alimentos e bebidas (0,02%), considerado aquele que mais impacta no resultado final do IPCA, foi suficiente para retrair a inflação na Capital. Os serviços exerceram a principal pressão, com ascensão de mais de 1%. Vestuário, que vinha de uma série de elevações, manteve o ritmo, subindo 0,79%, com destaque para a roupa feminina: alta de 1,47% em julho.

Eloísa frisa a importância do controle dos preços alimentícios, que foram os grandes vilões em 2010. "A safra do Ceará neste ano deve ser recorde, diferente do ano passado, que ficou muito abaixo do esperado. No segundo semestre, não deve mudar muito. As previsões são de mais safra e isso interfere muito nos itens mais básicos da mesa", analisa a especialista.



Fonte: Diario do Nordeste

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